Operação investiga funerárias de Chapecó 2m4a3p

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpre na manhã desta terça-feira, dia 21, em Chapecó, uma nova ordem judicial de busca e apreensão expedida no âmbito da “Operação Cortejo”, que apura crimes de extorsão, organização criminosa e violações à ordem econômica no setor funerário do maior município do Oeste catarinense. 1g2g4s
A ação ocorre em apoio à investigação da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó. O objetivo da busca é localizar armas de fogo que possam ter sido utilizadas na prática dos crimes de extorsão qualificada, mediante o uso de armas de fogo e em concurso de agentes, ocorridos no mês de agosto de 2024. Conforme o Ministério Público, a necessidade dessa nova ordem judicial surgiu em decorrência da análise de parte dos equipamentos apreendidos anteriormente, nos quais foram localizadas fotografias de armas de fogo na posse de pessoas ligadas aos investigados.
Entenda
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou dez pessoas — de seis das sete funerárias existentes em Chapecó — no final do ano ado pelo crime de extorsão. A denúncia foi apresentada pela 5ª Promotoria de Justiça da comarca de Chapecó.
Dois denunciados já respondem ao processo presos preventivamente, com base na Operação Cortejo, deflagrada ainda no final de novembro com o objetivo de apurar possíveis crimes contra a ordem econômica praticados por empresários do ramo funerário. Na ocasião, ossos humanos foram encontrados no forro de uma residência em Chapecó.
O promotor de Justiça Alessandro Rodrigo Argenta, responsável pela denúncia, explica que a investigação teve início após um empresário do ramo funerário — que atua em uma cidade da região e estava instalando uma unidade em Chapecó — procurar o Ministério Público para relatar que estava sendo alvo de ameaças. O objetivo era tentar impedir ou dissuadir o empresário de abrir o novo estabelecimento na cidade.
As investigações apuraram a união de representantes de ao menos seis das sete funerárias instaladas em Chapecó para a prática de ações violentas ou com grave ameaça à pessoa, visando impedir a instalação de um novo estabelecimento do ramo no município. “A decisão pelo oferecimento de uma primeira denúncia, notadamente pelo crime de extorsão, decorre da circunstância de haver duas pessoas presas durante a operação e, para não prorrogar indevidamente o tempo do cárcere, o Ministério Público ofereceu essa primeira acusação formal envolvendo as condutas praticadas com violência e/ou grave ameaça”, explica o promotor. De acordo com a 5ª Promotoria de Justiça de Chapecó, responsável pelas investigações do caso, há elementos indicativos da prática de cartel pelas funerárias de Chapecó. A investigação também busca identificar duas ossadas localizadas no final de novembro com um dos investigados alvo das buscas.